OS REFUGIADOS
Corpos dolentes
Olhos sombrios
Em terras d'outrém
E já ninguém
Parece estranhar
Os refugiados
Os refugiados...
Passaram fronteiras
Com parcos haveres
Corações vazios
De tanto sofrer...
Ah! Coitados
Dos refugiados!
São velhos cansados
Crianças famintas
De tanto caminho
Em grupos andando
Ao sabor do vento
À mercê do destino
Destino cigano
Nómadas forçados
Sob um sol em brasa
Pensando que nós
Que os vemos passar
Digerindo o conforto
Que temos em casa
Nem damos valor
À nossa condição
E têm razão...
Coitados de nós
Refugiados de sentimentos
Indiferentes à má sorte
Dos refugiados
Dos refugiados...
Olhos sombrios
Em terras d'outrém
E já ninguém
Parece estranhar
Os refugiados
Os refugiados...
Passaram fronteiras
Com parcos haveres
Corações vazios
De tanto sofrer...
Ah! Coitados
Dos refugiados!
São velhos cansados
Crianças famintas
De tanto caminho
Em grupos andando
Ao sabor do vento
À mercê do destino
Destino cigano
Nómadas forçados
Sob um sol em brasa
Pensando que nós
Que os vemos passar
Digerindo o conforto
Que temos em casa
Nem damos valor
À nossa condição
E têm razão...
Coitados de nós
Refugiados de sentimentos
Indiferentes à má sorte
Dos refugiados
Dos refugiados...
Por Manuela Matos Silva Do livro `alma d`água