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Hoje, dia 4 de Janeiro, é o Dia Mundial do Braille, essa fabulosa ferramenta ao serviço de quem é portador de deficiência visual. Não é necessário enaltecer a sua utilidade, de tão evidente que é.
O Braille é um processo de escrita em relevo para leitura táctil, inventado por Luís Braille (1809-1852).
Compõe-se de 63 sinais formados por pontos, a partir dum conjunto matricial idêntico a uma sena de dominó, ao alto.
Com o Braille representam-se os alfabetos latino, grego, hebraico, cirílico e outros, bem como os alfabetos e outros processos de escrita das línguas orientais; escreve-se o texto vocabular, tanto no modo integral como no estenográfico, a matemática, a geometria, a química, a fonética, a informática, a música, etc.
Louis Braille, nascido na França em 1809, aos 3 anos de idade adquiriu a deficiência visual ao ferir-se com um instrumento de trabalho do seu pai que produzia selas.
Aos 10 anos iniciou os seus estudos na Escola para cegos de Paris. Aos 15 anos, Louis Braille dedicou-se a encontrar um sistema que possibilitasse ao cego escrever em relevo, surgindo o sistema que hoje conhecemos como braille.
É curioso constatar que para criar o sistema braille ele inspirou-se nos desenhos em relevo que enfeitavam as selas confeccionadas pelo seu pai, feitos pelo próprio instrumento que o cegou.
Apesar do sistema não ter sido muito aceite no seu tempo, ele evoluiu ao longo dos anos e foi aperfeiçoado, sendo actualmente amplamente utilizado pelos portadores de deficiência visual de todo o mundo para terem acesso à escrita e leitura através do tacto.
Após mais de 150 anos da sua criação, o sistema braille possui um inestimável valor constituindo um contributo essencial aos deficientes visuais.